sábado, 9 de janeiro de 2010

A MULHER E O MERADO DE TRABALHO - PESQUISA TCC


A libertação da mulher, a modificação da sua face no futuro, é proveniente da generalização do trabalho feminino. Com isso, a mulher conseguiu ter mais segurança econômica e oportunidades, mais estímulos e satisfações emocionais e, portanto maior riqueza interior.
Segundo Comegno (2004), a presença das mulheres no mercado de trabalho é associada a aspectos econômicos, demográficos e socioculturais. Uma vez que sua permanência no mercado de trabalho parece ser irreversível, essa nova realidade torna mais importante a elaboração de políticas públicas destinadas a garantir eqüidade nas oportunidades de trabalho.
No entanto não se deve perder de vista outros entraves que ainda impedem a real eqüidade entre os sexos, principalmente a diferença nos rendimentos, que é resultado da desvalorização dos trabalhos realizados pelas mulheres, onde pequena proporção delas tem acesso a postos de direção.
Ainda de acordo com Comegno (2004):

As atividades de direção, gerência e planejamento respondiam por 14,9% da ocupação em 1989 e passaram a representar 16% em 2002. As mulheres melhoraram expressivamente sua participação em tais ocupações de 27,6% do total em 1989 para 38,3% em 2002.

A independência financeira da mulher, como ruptura da dominação masculina, trará o aumento de sua estatura diante do homes. Mulheres e homens são apenas duas formas do mesmo existir. A dominação de um pelo outro não se justifica e o aprofundamento da mulher como pessoa, a maior capacidade de opção, engajamento, afirmação e exercício da liberdade criadora enriquecerão e aumentarão o ser feminino.
A mulher brasileira, no seu dia-a-dia, presidindo empresas, gerenciando pessoas e grandes projetos, carrega consigo uma enorme carga de responsabilidades e, ainda, muitas vezes, pela noite e nos finais de semana tem de desempenhar o papel de esposa e mãe.
Manter-se em postos de presidência, gerência e direção, ao contrário dos homens, é mais difícil para a mulher, porquanto:

A presença de filhos pequenos continua sendo um fator que dificulta a ocupação feminina. Em 1998, as taxas de atividade das mães são muito mais baixas quando os filhos têm menos de dois anos (47%), ou mesmo entre dois e quatro anos (58%), em comparação àquelas das mães de filhos maiores, que giram entre 62% e 65% (BRUSCHINI; PUPPIN, 2004).

Muitas mulheres, em busca do crescimento na carreira, acabam abrindo mão da maternidade e da vida conjugal. Dessa maneira, ela passa a trajar-se de forma conservadora demais, como o posto de trabalho exige, mas acaba adotando peças do guarda-roupa masculino como uma forma de manter a seriedade diante de um mundo corporativo onde os homens ainda são maioria. Questiona-se: é necessário que mulher se vista de forma masculinizada para se impor no ‘mundo dos homens’?
A mulher que trabalha pode continuar feminina, tentando manter-se bonita e apresentável e não masculinizada, preocupando-se mais com os aspectos femininos, tais como a estética e a sua própria valorização, em confronto com o universo dos homens.
As mulheres, em geral, têm preocupação em estarem bonitas, bem vestidas, bem cuidadas quando vão ao trabalho. São valores fortes e bem recebidos numa sociedade capitalista e machista.
Frente a uma agenda cheia de compromissos, a mulher executiva tem ainda de cuidar das roupas que vai usar no ambiente de trabalho, já que “na área corporativa, as roupas falam pela pessoa, inclusive, ou principalmente na hora de avançar na carreira” (MOHERDAUI, 2009, p. 118).
Manter a feminilidade somente através da aparência pode prejudicar o ideal da mulher bonita, pois ela tem muitos outros valores: ser talentosa, interessante, dinâmica, inteligente e realizada, entre outros, mas manter-se bonita é fator de grande importância em um jogo agregado de atributos, expectativas e anseios sociais.
No jogo que insere a mulher, o seu caráter feminino pode exacerbar tornando-a mais bonita e atraente e, portanto mais motivada para se assegurar de sua posição profissional e preservar suas conquistas nos diversos planos de sua vida.
À nova mulher está em expansão um novo espaço, de um mundo que era só de seu domínio privado, para começar a conviver com o mudo público. São muitas as mulheres que começaram a quebrar preconceitos de acusações de abandono do lar e alimentam o desejo de crescimento pessoal e contribuição doméstica em nível financeiro, além de buscar, no aspecto profissional, um projeto de vida, de carreira e de realização.
Fazer parte do mundo dos homens, relacionando-se igualmente com eles, faz com que a mulher lute contra as suas características femininas o tempo todo, evitando que sua sensibilidade, sua capacidade afetiva e perceptiva interfiram negativamente em seus resultados de trabalho.
Ela passa a integrar agressividade com sensibilidade, racionalidade com a percepção, na busca de diminuir os conflitos relacionados à figura feminina no mundo masculino. E quando aprendem, igualam-se ou superam profissionalmente qualquer homem.
Atualmente algumas mulheres constroem relações com homens como colegas competidores, onde o alvo será a ambição, superação, segurança, auto-suficiência e poder, onde a busca da igualdade determina que é somente mito o ‘sexo frágil’.
A condição feminina é intrínseca à mulher, mesmo àquela que exerce a função de executiva em uma empresa.
Segundo a psicóloga Nilse Campos (2009): “Mulheres executivas não podem deixar de lado a feminilidade, o charme e a meiguice, demonstrando apenas força e determinação, suas maiores armas”. Assim, renunciar à feminilidade seria um preço muito alto a pagar pelo sucesso. Impossível contrariar a natureza sem que disso advenham conseqüências indesejáveis.
A coleção proposta neste trabalho visa atender à necessidade de a mulher continuar sendo mulher, na verdadeira acepção da palavra, independente de sua profissão e das atribulações decorrentes da competitividade com os homens. Ela não precisa agir e pensar como um homem. E muito menos, se vestir como tal. A moda sugerida para a mulher executiva que quer continuar sendo mulher, apesar dos percalços de sua carreira, é romântica e delicada, mas com um toque de seriedade, que a faça sentir-se respeitada e valorizada.
A mulher executiva, romântica e feminina precisa se vestir em consonância com esta sua condição. Ela precisa de uma moda que se ajuste ao seu estilo, sem entrar em choque com a praticidade e o conforto que sua profissão exige.
Deste modo, é fundamental que a mulher não se deixe influenciar pelo universo masculino e mantenha a sua feminilidade, sem deixar de ser competitiva e competente. Sendo assim, este trabalho e a pesquisa dos produtos nele mencionada foi motivado pela necessidade de atender a executiva que quer manter sua feminilidade

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