Pular refeições e esquecer dos principais nutrientes são
alguns dos deslizes mais comuns
Sair da academia e não comer nada
"Para que haja ganho de
massa muscular, duas coisas são fundamentais: o estímulo ao músculo e uma
alimentação que contemple todos os nutrientes", explica o nutricionista
Israel Adolpho, especialista em esporte. Carboidratos, proteínas e até as
gorduras merecem importância redobrada para quem quer ver os músculos crescerem.
Agora que você já sabe que não adianta só puxar ferro, mas que também é preciso
compor bem o prato para formar a massa muscular, confira quais são os deslizes
mais comuns da alimentação que impedem os músculos de crescerem e risque-os de
uma vez por todas do seu cardápio.
Cortar o carboidrato e exagerar na proteína
O carboidrato é
a primeira fonte de que o nosso corpo dispõe para gerar energia. Se a
quantidade deste nutriente na alimentação não estiver adequada, o organismo
lançará mão da proteína para exercer esse papel, impedindo que ela agregue à
formação muscular. Ou seja, para que a proteína seja bem aproveitada, o
carboidrato tem que estar presente.
"As proteínas, por sua vez, devem ser consumidas nas quantidades corretas, ou seja, sem ultrapassar o limite de dois gramas de proteína por quilo de peso ao dia", explica a nutricionista Leila Froeder, da clínica Vivid. Carne e ovos são fontes de proteína: um bife de contra filé de 100 gramas tem aproximadamente 30 gramas de proteínas e o ovo de galinha tem cerca de cinco gramas do nutriente. "O excesso desse nutriente pode gerar sobrecarga renal e perda óssea".
"As proteínas, por sua vez, devem ser consumidas nas quantidades corretas, ou seja, sem ultrapassar o limite de dois gramas de proteína por quilo de peso ao dia", explica a nutricionista Leila Froeder, da clínica Vivid. Carne e ovos são fontes de proteína: um bife de contra filé de 100 gramas tem aproximadamente 30 gramas de proteínas e o ovo de galinha tem cerca de cinco gramas do nutriente. "O excesso desse nutriente pode gerar sobrecarga renal e perda óssea".
Pensar mais na quantidade que na qualidade das calorias
Ficar atento à quantidade de calorias ingeridas é importante
não só para quem quer emagrecer, mas para qualquer pessoa que mantenha uma
dieta equilibrada. Mas ainda mais indispensável é prestar atenção na qualidade
das calorias. Todos os nutrientes merecem destaque no seu prato. Israel Adolpho
explica que as proteínas são fundamentais para a construção de massa muscular,
mas os carboidratos também ajudam no processo, uma vez que irão liberar energia
para a atividade, poupando as proteínas para atuar na construção dos músculos.
Gorduras, vitaminas, fibras e outros componentes também têm que estar
presentes. Para um efetivo ganho de massa muscular é preciso que sua
alimentação seja balanceada e contemple todos os grupos da pirâmide
alimentar.
Todo cuidado é pouco: a nutricionista Leila Froeder, da clínica Vivid, chama atenção para os transtornos alimentares que a preocupação excessiva com o consumo de calorias, gorduras, proteínas e carboidratos pode gerar. "Para evitar erros, consulte um nutricionista, que elaborará um cardápio capaz de gerar ganho de massa muscular sem riscos à saúde".
Todo cuidado é pouco: a nutricionista Leila Froeder, da clínica Vivid, chama atenção para os transtornos alimentares que a preocupação excessiva com o consumo de calorias, gorduras, proteínas e carboidratos pode gerar. "Para evitar erros, consulte um nutricionista, que elaborará um cardápio capaz de gerar ganho de massa muscular sem riscos à saúde".
Pular refeições
O praticante de musculação deve se alimentar, no mínimo, a
cada três horas. "Para que a massa muscular seja desenvolvida, em nenhum
momento o organismo pode ficar sem a disponibilidade de nutrientes", conta
o nutricionista Israel Adolpho. Fazer apenas três refeições por dia pode
determinar a falta de combustível para a hipertrofia muscular, impedindo que o
ganho de músculos atinja seus níveis ideais.
Não comer antes e depois do treino
A nutricionista Leila Froeder explica que consumir pequenos
lanches, um antes e outro depois do treino, são indispensáveis não só para o
ganho de massa muscular, como também para um bom desempenho durante a atividade
física. "Esse aporte energético permite níveis adequados de glicose
sanguínea durante o treino, melhorando o desempenho e evitando fadiga",
conta a nutricionista, que recomenda o consumo de carboidratos de baixo índice glicêmico, que liberam a glicose de forma constante,
evitando picos. Uma pera, por exemplo, contém esse tipo do nutriente.
"Logo após o treino, o lanche deve conter carboidratos de alto índice
glicêmico e proteínas, que ajudarão na recuperação da energia e formação dos
músculos". A combinação de banana e mel, a vitamina de frutas e as
barrinhas de cereais são boas opções.
Retirar toda a gordura da alimentação
A nutricionista Roseli Ueno, da Unifesp, explica que, de
acordo com aAmerican Heart Association, até 30% das calorias da dieta devem ser
provenientes de gorduras para que o organismo funcione perfeitamente. Vale dar
preferência às gorduras boas, chamadas de poli e monoinsaturadas, que fornecem
energia e saciedade, presentes nas castanhas, nozes, linhaça e azeite de oliva.
Vale lembrar que as gorduras monoinsaturadas e polifenóis, presentes no azeite,
por exemplo, impedem a oxidação de tecidos, processo que leva ao envelhecimento
dos músculos e diminui os níveis de colesterol ruim, o LDL, na corrente
sanguínea.
Apostar só no suplemento alimentar
Os suplementos
alimentares podem ser bons aliados inicialmente - desde que indicados
por um profissional -, mas o que deve predominar sempre é o consumo equilibrado
de nutrientes. A nutricionista Leila Froeder explica que o consumo excessivo de
proteínas por meio de suplementos leva o organismo a usar este nutriente como
fonte energética, se não houver a quantidade necessária de carboidratos na
dieta, gerando toxinas que sobrecarregam os rins e causam perda óssea.
Consumir bebidas alcoólicas
Israel Adolpho explica que o álcool causa desidratação,
sobrecarrega órgãos como rins, fígado e cérebro, afeta a força e o equilíbrio e
ainda faz com que a reserva de glicogênio hepático, matéria prima da formação
dos músculos, seja comprometida, levando a uma diminuição do rendimento do
treino. "Se o objetivo for o ganho de massa muscular, o praticante deve
evitar o consumo de álcool pelo menos entre as sessões de treino", explica
Israel Adolpho.
POR MANUELA PAGAN
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