segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

HIPERTENSÃO ARTERIAL E EXERCÍCIO FÍSICO


A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é um dos fatores de risco para o desenvolvimento da doença cardiovascular. No Brasil, 25% da população possui HAS, e este dado representa um importante problema na saúde pública.

A HAS é uma síndrome multifatorial, caracterizada por níveis elevados e sustentados da pressão arterial (PA). De acordo com as Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, o individuo é considerado hipertenso com uma PA Sistólica ≥ 140 mmHg e/ou PA Diastólica ≥ 90 mmHg.
Os tratamentos farmacológicos e não farmacológicos são condutas necessárias para o tratamento da HAS. Dentre os métodos não farmacológicos, destacamos a importância da diminuição da ingestão de sódio e a prática regular de exercício físico.

É de grande importância que haja orientação médica e avaliações clínicas iniciais, como por exemplo, um teste de esforço máximo (ergoespirométrico ou ergométrico). Estas avaliações são necessárias para verificar as respostas hemodinâmicas e eletrocardiográficas e para  termos certeza que o indivíduo está apto à prática segura do exercício físico. Além disso, através dos resultados obtidos no teste de esforço, a prescrição do treinamento se torna individualizado, respeitando as condições físicas e cardiovasculares do indivíduo.

Os exercícios aeróbios praticados por pelo menos três vezes por semana, de 30 a 60 minutos, com uma intensidade baseada nos limiares ventilatórios ou na freqüência cardíaca máxima obtida no teste de esforço, são recomendados como ferramentas importantes na prevenção e no controle da HAS. Como complemento, os exercícios resistidos praticados de duas a três vezes por semana, a uma intensidade moderada, também são recomendados e oferecem benefícios.
Para essa população, um treinamento supervisionado se torna de grande importância.  Apenas um profissional especializado prescreve o exercício físico de forma adequada  para atender as necessidades de seu aluno.

Prof.Francis Ribeiro de Souza, possui graduação em Educação Física e especialização em Condicionamento Físico Aplicado a Prevenção Cardiológica Primária e Secundária pelo Instituto do Coração – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (InCor – HCFMUSP). Atualmente é pesquisador colaborador na Unidade de Reabilitação Cardiovascular e Fisiologia do Exercício do Instituto do Coração – (InCor – HCFMUSP) 

Ref. 1 – Diretrizes do ACSM para teste de esforço e sua prescrição / American College of Sports Medicine. 8a ed. 2010.
       2 – Sociedade Brasileira de Cardiologia / Sociedade Brasileira de Hipertensão / Sociedade Brasileira de Nefrologia.
       VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq Bras Cardiol 2010; 95(1 supl.1): 1-51



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