domingo, 5 de setembro de 2010

ALTAS TEMPERATURAS E ESPORTE

As ações do Sol e do calor em muitas competições e expedições, devem ser evitadas ao máximo, pois são acumulativas e perigosas e podem causar queimaduras, desidratações graves e ou hipertermia.

O corpo humano tem um mecanismo extremamente complexo de controle da sua temperatura, chamado Mecanismo Termorregulador. Ele envolve estruturas nervosas e químicas, incluindo receptores especiais de temperatura, glândulas e vasos sanguíneos, no cérebro, medula espinal e em várias outras regiões do corpo.

Em 1885, Aaronsohn e Sachs descobriram que na profundidade do cérebro, mais especificamente no Hipotálamo, encontra-se o centro desse termostato. Nossa temperatura interna (chamada “Central”) deve ser mantida rigorosamente entre 36,5ºC e 37ºC. Acima e abaixo desses limites, surgem disfunções orgânicas, às vezes com conseqüências trágicas.

A Hipertermia é definida quando o corpo atinge altas temperaturas (acima de 41ºC), com risco de vida. Nessas situações o calor produzido pelo trabalho muscular, pelo Sol e por altas temperaturas ambientais ultrapassa a capacidade do corpo de dissipá-lo. Na Terra já foram registrados 58º C em El Aziza, na Líbia, em 1992, e temperaturas de mais de 45º C são comuns na Austrália Central, em países do Golfo Pérsico e no Sudão. Curiosamente, o corpo humano pode sobreviver à exposição a temperaturas de 100º C por cerca de 15 minutos.

FONTE: Clemar Corrêa: A ação do sol e do calor na atividade física

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