A individualização de procedimentos é fundamental para o
sucesso do treinamento com pesos. Práticas coletivas precisam ser
supervisionadas e os limites respeitados.
Frequentemente somos consultados sobre como otimizar o
treinamento com pesos. Esta preocupação se justifica porque os exercícios com
sobrecarga são importantes para a saúde e foram definitivamente incluídos nos
programas de condicionamento físico desde 1990.
O Colégio Americano de Ciências do Esporte publicou, naquele
ano, diretrizes genéricas sobre a quantidade e os tipos de exercícios
necessários para desenvolver e manter a aptidão cardiorespiratória e muscular
em adultos saudáveis, nos programas de reabilitação e no treinamento de
atletas.
A partir daí, treinar com pesos deixou de ser meta vinculada
apenas a propósitos estéticos. A efetividade dos programas de treinamento com
pesos depende de vários fatores, todos associados às características
individuais e aos objetivos pretendidos.
Consequentemente para escolher os exercícios, os aparelhos
mais indicados para executá-los, a carga (quantidade de pesos), o número de
repetições e séries, é preciso conhecer o aluno e, principalmente, avaliá-lo
para poder orientar respeitando o princípio básico da individualização de
procedimentos.
Para atingir as metas com segurança e obter
maximização dos benefícios e necessidades próprias da idade, do estado de saúde
e do nível de condição física de cada um é preciso encontrar o ponto de
equilíbrio entre os fatores já citados.
As organizações ligadas à saúde reconhecem que faltam
diretrizes mais objetivas para segmentos específicos da população. Portanto, da
mesma forma que os médicos precisam examinar o paciente para saber se o remédio
é necessário e, neste caso, prescrever o tipo e a dose mais indicada, os
professores precisam observar o aluno durante as sessões de treinamento
para individualizar as cargas e corrigir , se necessário, a
execução dos exercícios.
A ciência, a experiência e o bom senso recomendam que
profissionais ligados a área de saúde evitem orientações sem conhecer detalhes
das condições do interessado. O melhor caminho para atingir uma meta pessoal
nem sempre é a avenida que leva a objetivos comuns.
Texto apresentado pelo prof. Cortez no Jornal de Serviços da
Rádio Jovem Pan AM.